sexta-feira, 17 de novembro de 2006

(58) SOLIDÃO... QUE SOLIDÃO ?






DIZ O MUNDANO: É O INFERNO
DIZ O ANACORETA: É O PARAÍSO

Aceitemos estas e todas aquelas que preenchem o leque intermédio, das cores brilhantes aos cinzas mais negros.
Pela condição humana e após o empurrão uterino, estamos sós e sem preparação para o percurso.
Uns herdam a dádiva de serem queridos, desejados e amados, outros não tanto.
Nessa caminhada de pé posto que é a vida, cada um vai colhendo o tipo de solidão que lhe cabe, senão por escolha, no mínimo por atitude, esquecendo que neste teatro o cenário é essencialmente de espelhos a reflectir a prática da sua postura.
Não sinto a solidão como um malefício, antes quase uma opção, carecendo duma gestão espiritual serena, abrindo brechas onde caibam sentimentos que sem os outros não obtemos.
Reconhecendo a presença indestrutível da solidão há que saber viver com ela, única forma de adoçar os seus efeitos.

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