sábado, 28 de fevereiro de 2009

(232) O raminho




Um monumento prenhe de significado


Homenagem aos soldados da paz


Um dia olhei assim.


Não me cansa.


Ali ... Na Várzea

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

(231) Caminho dos sábios


De citação colhida num belo blog que tive a sorte de visitar
http://multiolhares-poetadaspiramides.blogspot.com/
apreendi três regras para avançar no caminho dos sábios, essa estrada que certamente todos gostaríamos de trilhar.
Não ponho em duvida a pertinência da afirmação, antes reflicto na dificuldade de concretização, evidencia óbvia, pois ao contrário seriamos todos sábios.
São as regras: Domina tuas palavras; Domina teus pensamentos; Não faças dano a ninguém.
As duas primeiras são de concretização pessoal, diferindo apenas no grau da dificuldade da sua execução.
Posso perfeitamente dominar as palavras.
Todavia, o pensamento é outra história, exigindo porventura auto domínio mental, não fácil de atingir.
Não fazer dano a ninguém, não depende apenas da vontade própria e mais do sentimento do outro.
Quantas vezes nossos pequenos actos, praticados na crença da maior inocência, são entendidos como verdadeiras ofensas ?
Prevejo a quase impossibilidade de coexistência e entendimento, se, a cada palavra, a cada gesto, tivermos de medir com rigor os sentimentos dos outros, na sua maioria para nós desconhecidos e até contemporâneos de outras culturas, outros mundos, outros credos.
Para isto conter verdadeira eficácia, por tanta ponderação, cessava a comunicação.
O nosso esforço é limitado pelo conhecimento do outro, suas diferenças e o respeito merecido por ser distinto de nós.
Esse caminho dos sábios está eriçado de espinhos e armadilhas.
Só alguns o atravessam, os eleitos, e por isso conhecemos tão poucos.
Bem hajas, MULTIOLHARES, por permitires a reflexão.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

(230) Geometria






Acreditou-se que o mundo era plano...


Provou-se depois ser mais ou menos esférico
!


Na foto ao lado parece piramidal.


Ah quem me dera voar

para poder acreditar

(229) Grades


Do pouco êxito das minhas tentativas de voar, alguma coisa aprendi.
As nuvens são como os animais, não gostam de grades, ficam iradas.
Daí o cuidado.
Não aprisionem nuvens, evitam as tempestades

(228) Indecisão

Na incerteza do amanhã
Outro daqueles momentos em que o sol não sabe se fica se vai.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

(227) Ciclismo










Estamos no Carnaval, esses festejos que mexem com as gentes cá do sitio e colocam a cidade entre as melhores nesse evento.

Andei por aí com o meu vidro e tenciono editar um pequeno texto, a meu modo, sobre o Carnaval, com algumas dezenas de fotos do corso das escolas e dos cabeçudos.
No entanto, passei ali por esta estátua que, como algumas outras, não me cansa rever.
É só para dizer que a zona também tem os seus heróis e gostam do ciclismo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

(226) Ocasos


Embora o planeta donde vim não fosse tão pequeno quanto o do Principezinho, porventura poderia estar com o por do sol horas a fio, bastando para tal caminhar lentamente em sua direcção.
Por aqui o usufruto desse gozo continuado é apenas permitido numa toma diária, ainda dependente doutros factores a considerar: como o amuo das nuvens ou a maioria das humanas tarefas, sem cor nem brilho, parte integrante da aquisição do supérfluo, absorvendo tempo de vida.
Uso especular, na tentativa de obter proveito do aparente prejuízo, e, para isso, sirvo-me de algumas das nossas fraquezas e fragilidades.
Sem duvida, o prazer retirado a um bom espectáculo está na razão inversa das vezes presenciadas. Mas há um acréscimo desse gozo no sonho intermédio, a ante visão do que vamos ver, e aí usamos essa coisa, misto de deus e diabo, a memória.
Já me aconteceu, na juventude, ter um sonho recorrente de visitar a Torre Eiffel, deliciando-me. Concretizada a visita acho que preferia ter continuado a sonhar.
O por do sol, porém, tem a vantagem das suas mil facetas.
Nunca se assemelha. Não dispenso....

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

(225) A gata


Recados e Imagens - Glitters - Orkut
Em sexta feira 13 não podia ser gato preto-
A gata comeu o pinto
Na natureza, beleza aparente e piedade não andam de braço dado.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

(224) Conversas

Gosto de desafios e porventura este não é de fácil concretização.
E http://sercristal.blogspot.com/ passou-me o osso: escrever seis questões sobre nós próprios e endossar a tarefa a outros seis bloguistas.
Faço a tentativa e, se gorada, melhor êxito auguro àqueles a quem endosso o problema e no final indico.
Aí vai:

1) Aprecio o convívio com humanos de interesses comuns, mediana inteligência, aceitem diferenças, argumentem em seu favor com coerência, possuam apurado sentido de humor.
Resultado: sou frequentemente mordido e no meu coração moram poucos.

2) Aprecio o convívio com os animais em geral, exceptuados os que o preconceito e a sobrevivência me fazem evitar. Em regra falo com todos, fico feliz quando me entendem e por vezes correspondem aos meus sinais de amizade.
Resultado: também por vezes sou mordido, mas os humanos mordem mais.

3) Aprecio a natureza em geral, ando por aí e falo com a vida, com as árvores, com as plantas, com o mar, confundindo-me no sussurro das ondas.
Resultado: quase ausência de mordeduras, talvez um espinho ou uma concha me piquem para me lembrar que estou vivo.

4) Aprecio minhas pacificas conversas com a morte. Não é tão negra como a pintam e ainda não me disse porque me vai deixando andar por cá. Talvez também seja uma solitária. Talvez se compadeça da minha mansa loucura. Talvez...
Resultado: estou certo há-de morder um dia e, como me tem poupado (ou castigado), vou esperando paciente.

5) Aprecio conversar com o amor, para tirar algumas duvidas. Após muita conversa fico quase sempre na mesma convicção: no fundo amo o amor.
Resultado: é coisa que não para de mordiscar e por vezes faz doer.

6) E finalmente, quando estou só, e é frequente, e me dá ganas de conversar, vou até um dos diversos espelhos cá de casa. Não espelham o meu exacto perfil mas são interlocutores atentos, pacientes e quase fieis.
Aí desabafo
Resultado: Acabo excessivamente mordido.

Isto foi longo demais, desculpem lá qualquer coisinha.

Agora os meus eleitos:

sábado, 7 de fevereiro de 2009

(223) Confronto










Não sou grande trunfo a escrever. Corto-me aos textos longos, evito exageros de vocabulário e opto por frases curtas.
Reconheço todavia que na postagem 220 pequei por defeito.
Naquelas duas frases sintetizei o meu pensamento sobre o conceito de beleza aparente.
Sempre ouvi dizer que pouco adianta malhar em ferro frio e, como a foto gerou alguma controvérsia, venho malhar enquanto está quente, ou no menos morno.
A partir dum rosto aceite como belo pela generalidade da sociedade humana actual, quebro-lhe as linhas de harmonia, sem retirar os adornos.
Na quase maioria dos comentários recebidos, ou escutados, surge unanimidade: horrível é a palavra.
Não tomo porém o facto como universal, mas tão somente condicionado pela proximidade de hábitos e formas de vida.
O horrível, neste caso, é tão falacioso e dependente como o belo.
Aceitamos o padrão de beleza ou fealdade que nos é inculcado pelo grupo social na nossa longa aprendizagem.
Gosto de criar cenários e dá-me certo gozo imaginar, numa qualquer galáxia, por aí, se todos tivessem o aspecto da dama distorcida, ou fossem sujeitinhos verdes com cabeças triangulares, qual seria o comentário quando observassem a nossa beldade da direita.
Até apostava: horrível !
Por isso não sou tão redutor, aceitava perfeitamente quem me dissesse encontrar beleza na distorcida senhora, sinal evidente da crença na diferença.
E, por estranho que pareça, a aprendizagem leva-nos também a padronizar a outra beleza, a perene, a do espírito, aquela que só o coração vê.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

(222) Sensibilidades


"...Sou assim-assim...sou importante para alguem...sou humilde,sou vaidosa... ...sou fragil, sou coragem... sou doce, sou paixão...sou lágrima cansada, sou noite enluarada... Sou Balança. Vivo cada dia intensamente, como se fosse o ultimo"


Nem peço desculpa à Maysha por publicar o descritivo do seu perfil e ainda linkei o blog. E isto porque às coisas belas não bastam noites enluaradas e ousam também sair à luz dos outros.
Deixo o baraço. Se ela ordenar enforco-me, que é como quem diz: retiro daqui a transcrição. Tenho atenuantes: também estou na balança.
Depois quero agradecer o seu carinho pelo selo prémio que lhe foi entregue pela Ana, me transmite, e acima também aponho.
É o primeiro. O meu blog não merece distinções, é meio louco, meio raiva... e vai do grito ao gemido, sem esquecer a ironia, não a genuína, antes aquela afim do humor. Toco em coisas que ignorar convém.
Esperançado ando que tudo esqueça, quando a loucura for por inteiro.
O prémio cumpre a missão e fui logo, em pequeno voo, ao espelho mágico, onde mirei sem distorções a criatividade e sensibilidade de braço dado. Parabéns também à Ana.

Compartilho a distinção com os amigos:

http://comoze.blogspot.com/

http://caminhoseternos.blogspot.com/

http://bart1914.blogspot.com/

http://andradarte.blogspot.com

http://alcindaleal.blogspot.com/

E agora, Maysha, fico a aguardar sentença.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

(221) Futuro



Ouvi alguém afirmar que o homem, tido por animal racional, é o mais irracional dos irracionais.
Basta lembrar a ansia de conhecer o incerto futuro, esquecendo de viver a realidade do efémero presente, usufruto do hoje.
Em conluio neste absurdo não deve existir outro.
São frequentes as consultas a videntes e circulam no ciber espaço milhentos testes sobre a nossa existência, comportamento, sinas e até estado físico e psíquico.
De fácil resposta, numa dúzia de questões de sim ou não, esquecendo bastas vezes a mediana, onde usa morar a virtude, e zás... lá nos situam acima ou abaixo numa bitola considerada, por nem sem quem, a ideal. Isto, ou dizendo apenas aquilo que gostaríamos de ouvir, num assomo de suprema vaidade.
A experiência nunca foi má conselheira, pelo que entrei numa dessas, dando respostas em consciência, pois não gosto de brincar em serviço.
Fiquei todavia sobressaltado na falta do virtuoso talvez, nem sim nem não, em alguns casos indispensável à assertiva resposta.
Mas pronto, lá conclui a coisa e tratando-se de saber qual a minha expectancia de vida, lá fui, sem ansia, à procura da resposta.
Com surpresa constatei ter morrido há já três anos.
Porque não me agrada colher flores, também não as levo a finados, pelo que dei graças não estar em falta comigo próprio.
Todavia fica uma questão por resolver: estarei a roubar anos à morte ?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

(220) Pensamento

Na beleza não existe verdade absoluta.
A beleza não passa de mero pensamento.