quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

(7) OS AMIGOS

Creio que são como algumas estrelas.
Mesmo não se vendo, estão lá.
Fico preocupado com as estrelas que, embora aparentes, já não existem.

(6) O ENCONTRO

Cruzei-me há dias com uma formiga e pedi-lhe opinião sobre os humanos.
Alguns são piores que a cigarra, foi a resposta.
Sem argumentação, e triste, agradeci e segui caminho.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

(5) O SONHO

Vão longe esses Natais de sonhos realizados.
De dia, e por liberalidade dos Sapadores Bombeiros, um embrulho de cores brilhantes, ciosa e cuidadosamente sobraçado e, à noite, a magia duma repleta chaminé dum familiar abastado, onde o meu sapato colheria outro modesto presente.
Sempre simples e modestos mas eram o prémio do sonho, sonhado e afinal realizado entre as diversas fantasias do faz de conta.
Ao relembrar, tentei recrear, procurei o fato, o gorro, as botas, antecipadamente deixara crescer a barba, branca e natural como convinha, e tentei... tentei sem êxito alcançar as renas.
Outro sonho, como tantos outros que não vou realizar
.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

(4) SOU...


SE ME AMAM... SOU ALGUÉM
SE M´ ESQUECEM... SOU NINGUÉM

domingo, 19 de fevereiro de 2006

(3) OS ESPELHOS

Sem alma e frios, fiéis e constantes, se não côncavos ou convexos. singularmente diferentes dos humanos.
Estes, por vezes, quando nos cruzam, e num arremedo benévolo de iludir o óbvio, pensam (estás mesmo em baixo) e traduzem (que óptimo, o que andas a tomar ?).
Os espelhos não !... não nos iludem as expectativas, directos e concisos, são bons companheiros e, ocasionalmente, arrastam-me ao monologo.
Ultimamente matuto num insólito senão.
Quando os fito, e pese embora sinta em mim o menino que porventura fui, não o descortino na imagem devolvida.
Será que não cheguei a ser menino ?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

(2) E O AMOR ?

Alguém que me ama, na sua límpida e cândida ternura, perguntou se não me sentia triste por viver só.
Respondi que não estava só porque a guardava no meu coração
!