segunda-feira, 9 de março de 2009

(237) Correcção






Continuo a não gostar muito de mim.
Todavia afirmaram que "quadrado" não sou.
Assim, esforcei-me nesta correcção.
De facto, redondo, sem capachinho e de óculos, suponho estar bastante mais aceitável.
Daí o sorriso amplamente rasgado.
Pelo menos 180 graus.
Este fica.

(236) Reflexões animais





Se tiver um centímetro é uma maravilha, o homem esmera-se, compra um aquário e expõe na sala.
Se tiver dez centímetros é lindo, o homem coloca-o num laguinho no seu jardim.
Se tiver um metro, é um estranho e grande peixe, o homem pesca e come
Se tiver dez metros, é seguramente um monstro, o homem tenta destrui-lo mesmo sem qualquer proveito.
E ainda se diz que tamanho não é argumento !!!
Não é fácil entender a humanidade, seus conceitos e preconceitos.

sábado, 7 de março de 2009

(235) Auto retrato


Quando faço auto retrato em fundo azul,
colho alguns ensinamentos:
Decerto não gosto de mim.
Narcisista não sou.
O capachinho não foi ideia minha,
pois gosto do cabelo branco.
Invertendo a foto pior ficava
Não sou quadrado,
Antes pelo contrário
Porventura um pouco louco e e
e talvez olhando onde não se vê tudo isto se altere.
Apre, estou chateado, não consegui rimar...
donde também concluo: de poeta tenho pouco.
Prometo na próxima tentar... ena rimou

quarta-feira, 4 de março de 2009

(234) Não sei


NÃO SEI

Duas palavras dum significado quiçá nefasto.
Não são ouvidas com frequência pois acarretam humildade.
E, como a humildade parece doença para muita gente, essa prefere especular e normalmente errar.
Pecado maior.

domingo, 1 de março de 2009

(233) Carnen levare





A curiosidade incita-nos a conhecer as origens daquilo cuja compreensão imediata não é fácil. Sabemos hoje mergulhar neste manancial de informação oferecido pela NET e também sabemos haver ali cereal com muito joio.
Li coisas interessantes e acabei por escolher duas pequenas informações, uma delas, com humildade, referindo lacunas, por carecer de fontes fidedignas . Assim linkei Carnaval e wikipedia
Seja sua origem esta ou outra (li algumas hipóteses bem curiosas), não deixa de ser um estranho período de festas.
A minha opinião, valendo o que vale, leva-me a concluir a falta de coerência entre a raiz e a continuidade da pratica do acto, senão diferente no modo, pelo menos na intenção, e é assim que olho o Carnaval d'hoje:
Despojados da mascara todo o ano usada, divertem-se os homens numa história de faz de conta, afinal em muitos casos a verdadeira expressão daquilo que gostariam de ser, ou ter sido, mas que o traçado da vida, ou a sua falta de ousadia não lhes permitiu.
Alicerçam-se no "é Carnaval ninguém leva a mal" e assim dão vazão aos sonhos e fantasias que mal grado a vontade, pululam em cada mente, esquecendo na essência, e pouco interessando à maioria, a razão base da festividade.
Quase como: vou aproveitar estes dias para deixar as grilhetas da condição humana e ser finalmente o animal em natureza.
Claro, o pecado está em que essa prática vem eivada dos defeitos adquiridos enquanto humano, alguns dos quais já não consegue refrear.
Nestes poucos dias extravasam e logo voltam a colocar a mascara para continuar a sua rotineira vida. com esperança ou sem ela.
E depois ?
Bem e depois é como tudo na vida, há os actores e os espectadores.
Digamos que com Carnaval ou não, passamos a vida em cena.
Desta vez a minha cena foi de máquina na mão, clique aqui, clique ali.
Dediquei o trabalho essencialmente às crianças e aqui eram aos milhares enquadradas no tema deste ano, as profissões.
Sem a qualidade que gostaria, ficam algumas fotos da criançada, em alegria e cansaço, ainda encarando o acto, sem filosofias, pela brincadeira aparente, a cumprir por imposição adulta, agradando ou não. Lá virá seu tempo !
As fotos estão em álbum à distancia de um CLIQUE