terça-feira, 30 de dezembro de 2008

(211) É mesmo


The richest person is not the one who has the most
but the one who needs the least


Retirei esta frase dum mail agora recebido.
São tantos que por vezes nem dá para ler, correndo o risco de perder jóias.
Ler, ouvir, pensar, as nossas verdades ditas por outros, dá aquele gozo.
Esta frase contem a minha meta, o ideal do meu finito universo.
Este valeu a pena. Fico grato...

sábado, 27 de dezembro de 2008

(210) Pinguins

obséquio de Wikipédia

Assisti há dias a parte dum daqueles magníficos programas da NGM e de pinguins se tratava, esse bizarro, aparentemente desajeitado, nosso companheiro deste planeta azul.
Era exposta uma das formas como se defendiam do gélido clima, agrupando-se e apertando-se, em circulo, aos milhares.
Por conhecer os humanos, logo aqui me coloquei a questão dos coitados da periferia e, como se ouvido me tivesse, o apresentador passou a explicar que funcionava a equidade e periodicamente se iam revezando, sem reservas, sem luta, disciplinados.
E ainda foi focado o profundo empenhamento dos machos na guarda e aquecimento dos ovos, enquanto a fêmea procura alimento e a provável inversão de papeis após o nascimento das crias.
Não duvido ser este comportamento puramente instintivo e só me questiono da dificuldade humana na aprendizagem destas simples lições de vida e coexistência, uma vez que, para lá do instinto, foi o homem beneficiado doutras supostas mordomias, alcançando a fama de animal racional, bastas vezes não passando de mera alcunha.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

(209) Ainda Natal

Em extensão ao texto 207 e sabendo que os votos de felicidade ali expressos apenas serão entendidos por alguns, poucos, aqui reitero o alargamento dos votos, na esperança de alguns mais tomarem conhecimento deste

FELIZ NATAL E NOVO ANO

Weihnachten und guten Rutsch ins neue Jahr
سعيد عيد الميلاد والعام الجديد
Коледа и щастлива Нова година
BON NADAL I ANY NOU
Vánoce a šťastný nový rok
圣诞节和新年快乐
크리스마스와 새해 복많이 받으세요
Božić i sretna nova godina
Jul og godt nytår
Vianoce a šťastný nový rok
Božič in srečno novo leto
FELIZ NAVIDAD Y AÑO NUEVO
Christmas at maligaya bagong taon
Joulua ja onnellista uutta vuotta
NOEL ET BONNE ANNEE
Χριστούγεννα και Ευτυχισμένο το Νέο Έτος
חג המולד ו Happy New Year
क्रिसमस और नया साल मुबारक
KERST-EN HAPPY NEW YEAR
Natal dan tahun baru happy
CHRISTMAS AND HAPPY NEW YEAR
Natale e felice anno nuovo
クリスマスと新年あけましておめでとうございます


e o Google ainda oferecia mais idiomas, tendo eu o cuidado de escolher a nossa ordem alfabética, entre os oferecidos, para não magoar alguém.
Porém desisto, pois de repente me lembrei dos dialectos, subdialectos, etc etc, até os que se entendem por estalidos e para quem isto de grafias pouco diz e blogs ainda menos, sendo duvidoso me bastasse o tempo disponivel a crédito, nesta contabilidade da vida.
A minha mansa e sensata loucura, impediu-me de continuar, deixando-me este sedimento amargo da impossibilidade dos humanos se entenderem numa abrangência global, sem o calhamaço normativo dos conceitos.








Estando ali um gato, ainda lhe perguntei se, entre eles, tinham este problema.
Fitaram-me aqueles verdes olhos altivos e espantados, virou a cabeça e lambeu o pelo.
Ou não me entendeu ou despreza-me como humano, pelo nosso falso sentido de evolução e inadequado uso da vida por precário empréstimo tomada.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

(208) 愛

Tanta dificuldade para entender emoções tão comuns.
Basta clicar no titulo

sábado, 20 de dezembro de 2008

(207) Natais

obséquio da NASA

Tenho alguma dificuldade em aceitar o compasso da marcação dos tempos, estipulando-se que hoje é isto, amanhã aquilo, constituindo-se rituais geradores de grandes pressões, ansiedade nas pseudo obrigações, preocupação no vinculo da lembrança e, em grande parte dos casos, considerando o facto uma seca.
Exemplo: Porque havemos de festejar aniversários e não "diários"?
Afinal seria mais coerente, após receber a dádiva, dia a dia, quando acordamos e nos é permitido festejar a rota do sol, fazê-lo em pleno, esquecendo os desaparecidos ontens e os enigmáticos e talvez inexistentes amanhãs, omitindo memórias e vivendo um pouco como os outros animais nossos contemporâneos.
Com todas estas marcações de natais, páscoas, carnavais e quejandos, lá somos nós levados a anexar a essas datas, as nossas alegrias e tristezas coincidentes, coisas afinal diariamente connosco mas nessa altura exacerbadas.
Este é o meu sentir e, para os que comigo concordam e para os outros cujo sentimento difere, a que tem todo o direito, deixo aqui os meus melhores votos de saúde, serenidade, luz e amor, garantindo mais uma vez que os amigos são exactamente como algumas estrelas, posso não os ver mas sei exactamente que estão lá e também no meu coração.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

(206) boomerang

obséquio da wikipédia



Eis uma interessante e perigosa criação humana, misto de brinquedo e arma.
Requer extrema perícia no seu manejo, pois do preciso retorno, depende o preciso arremesso.
A perícia, em qualquer arte ou oficio, é a pedra de toque da correcta execução. Passa por rigoroso e constante exercício e também por profunda consciência, só possível quando a sua prática está prenhe de serenidade, aceitação circunstancial e sobretudo respeito pelas fronteiras e limites dos outros.
Afastado assim fica o egocentrismo e a ideia exótica de que o mundo nos persegue, quando afinal, o nosso mundo parece ser mera construção pessoal.
Referi o boomerang como poderia ter mencionado a palavra, a escrita e tantas outras acções, como até o acto físico.
Quando os procedimentos não são conformes ao estilo da época das nossas vivências, arremessamos à toa o "objecto" e, na falta da preciosa perícia, não o agarramos no retorno, ficando sujeitos a levar com ele na cabeça ou noutra parte mais sensível, quem sabe, para depois culpar o mundo e assim isolados nos mantermos.

Uma sugestão: não se usem armas tão perigosas, por brinquedos que pareçam.

domingo, 14 de dezembro de 2008

(205) Mulheres/Homens

Objectivamente podemos encarar o relacionamento mulher/homem, ou homem/mulher como queiram, segundo alguns aspectos inerentes às diferentes condições biológicas e sensibilidades, como seres da mesma espécie.

Tratando-se de seres da mesma espécie de prática assumidamente social, vivem em interdependência e, pese embora não troquem intimidades ou gostos afins, haverá de subsistir, como principio fundamental, o respeito pelo outro e a integridade dos seus limites e fronteiras, até por garantia reciproca, bastas vezes não assegurada.

Todavia e dependendo da aproximação, sobressaem dois grandes grupos.

Na vertente da sexualidade podem atingir um poderoso entendimento físico, quando a fusão dos corpos garante o tipo de êxtase, como dum só se tratasse, esquecida a partilha.

Na outra vertente, o elo porventura mais fraco, todavia mais poderoso, continuado e consistente, quando partilham intimidades, que não sexuais, e afinidades profundas, discutindo-as no sentir benigno do esclarecimento e evolução.

O ideal, utópico como é de uso, seria a conjugação destes elos numa só corrente, de forma a obter uma magnifica e unica ligação dos frágeis seres que afinal somos.

Apesar do cepticismo, há quem creia em milagres.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

(204) Sementeiras


A natureza, em seus engenhos e ardis, usa os elementos e os animais na promoção do processo das sementeiras aleatórias, garantindo assim a germinação de quase todas as espécies, pese embora a perca de milhões de hipóteses.
Todavia, por vezes, até da fenda da rocha brota o rebento.
Alguns humanos, imitam convictos o acto, semeando a eito palavras, suas e dos outros, sem mesmo medir consequências ou nelas reflectir.
Por sorte, grande parte, como na natureza mãe, cai em solo estéril e não germina.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

(203) Loucuras da noite

O vidro da minha máquina captou esta imagem numa das ultimas idas à grande cidade.
São os fantasmas do stress, ao fim do dia, quais pirilampos, desenfreados, alucinados, sem rumo e bufando dióxido de carbono, porventura na procura de abrigo, em fuga da anunciada fria noite
E eu, ainda mais louco, na busca da perturbada paz e do silencio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

(202) Profundo silencio


Lá, na beleza das profundidades, onde impera o silencio.







As palavras, seres virtuais de estrutura complexa, fantasiam um corpo e sua alma e escravizam o homem, para tomar forma, usando dele a voz, a mão e por vezes a mente.

Assim conseguem expressar toda a gama de sentimentos, saltitando do amor ao ódio, da tempestade à bonança, da alegria à tristeza, da agressividade à doçura, tocando o negro e cinza, fronteira destes opostos.
Por vezes dúbias, podem até parecer o que não são, na incerteza dos limites e, excedendo-se, podem provocar a vida e a morte.

Tem porventura uma qualidade/defeito:

Quando expressas ou escritas depara-se a quase impossibilidade da inversão do seu sentido.

Senhoras absolutas da raça humana, nem os mudos escapam, a menos acumulem à iliteracia.

Daqui retiro ser o silencio efectivamente de oiro e por vezes preferível a mil palavras.