Caça. Uma das paixões do Januário
Era também muito crente, coisa que não casava.
Esses seus olhares para o alto, implicariam obviamente bondade e piedade, virtudes não compatíveis na matança por prazer.
Mas enfim, a cada qual sua moral e lá ia usufruindo do seu gozo.
O sonho, a meta, era a caça grossa.
E, do tanto sonhar ao realizar, foi uma penada.
Gastou o que tinha e não tinha e lá embarcou.
Dizimou. Sem dó nem piedade e por mera e vã glória.
E dizimou o que na gana lhe deu, até ao encontro com o leão.
Ali, em frente ao poder do rei, os nervos não aguentaram, largou armas e bagagem e, como o povo diz, cavou.
Correu, correu e o rei no seu encalço.
Âs tantas esparramou-se. Fechou os olhos perdido e, esquecida a sua frieza na matança, levantou os braços ao céu, soluçando e rogando:
Senhor, fazei que o animal seja crente.
A selva aquietou-se. Ainda a medo, abriu os olhos e o milagre estava à vista. A grande fera de rojo, patas dianteiras justapostas, erguia a grande cabeça enjubada e balbuciava.
Dissipado o pânico, sorriu o Januário. Afinal fora atendido !
Não era caso para jubilo e disso ficaria certo se os animais entendesse.
O leão orava sim, agradecia ao senhor aquela magnifica refeição.
Crente, mas também não piedoso.
Não surge fácil a tarefa de Deus, em face do contraditório dos rogos, tornando-se evidente que o sol quando nasce não é para todos.
Era também muito crente, coisa que não casava.
Esses seus olhares para o alto, implicariam obviamente bondade e piedade, virtudes não compatíveis na matança por prazer.
Mas enfim, a cada qual sua moral e lá ia usufruindo do seu gozo.
O sonho, a meta, era a caça grossa.
E, do tanto sonhar ao realizar, foi uma penada.
Gastou o que tinha e não tinha e lá embarcou.
Dizimou. Sem dó nem piedade e por mera e vã glória.
E dizimou o que na gana lhe deu, até ao encontro com o leão.
Ali, em frente ao poder do rei, os nervos não aguentaram, largou armas e bagagem e, como o povo diz, cavou.
Correu, correu e o rei no seu encalço.
Âs tantas esparramou-se. Fechou os olhos perdido e, esquecida a sua frieza na matança, levantou os braços ao céu, soluçando e rogando:
Senhor, fazei que o animal seja crente.
A selva aquietou-se. Ainda a medo, abriu os olhos e o milagre estava à vista. A grande fera de rojo, patas dianteiras justapostas, erguia a grande cabeça enjubada e balbuciava.
Dissipado o pânico, sorriu o Januário. Afinal fora atendido !
Não era caso para jubilo e disso ficaria certo se os animais entendesse.
O leão orava sim, agradecia ao senhor aquela magnifica refeição.
Crente, mas também não piedoso.
Não surge fácil a tarefa de Deus, em face do contraditório dos rogos, tornando-se evidente que o sol quando nasce não é para todos.