Em tempos, alguém, por afinidade a mim chegada, falando de encontros "de amor" (notem-se as aspas e que se lhes dê a importância que tenham) deixou-me o sino na orelha.
Disse então à laia de sentença:
- Nessas ligações, nós, mulheres, pretendemos uma situação enquanto vós, homens, lhes basta uma relação.
A tradução, óbvia à época, implicava o homem viver o momento e a mulher também, esta porém com um olho no futuro, muito naturalmente ressalvadas as excepções que emprestam crédito às regras.
O facto acabava por minar a união pela incompatibilidade de interesses e seria o contexto social o responsável maior ao atribuir à mulher o elo mais fraco.
E não só pelas diferenças biológicas também pela sensibilidade, dependência financeira, critica à prática sexual fora dos compromissos contratuais do casamento, e muitos outros pequenos nadas, então representando tudo.
Vivem-se hoje tempos de situação inversa.
O homem, porventura por semelhantes razões, deixou de ser o falso elo forte. Passou a evidente elo mais fraco, até porventura descartavel, perdendo por bem a insensata arrogância machista.
E não deixa de me espantar que entre gíria de mulheres ainda se ouça: "vê lá se agarras um, de preferência rico", regredindo ao passado e a garantir o futuro, hoje, tão independentes que são.
A menos seja excepção para manter a nova regra. Pode ser.
Ah, já esquecia, a foto não é do paraíso. Não passei por lá !