quarta-feira, 1 de março de 2006

(8) FOGO DA VIDA

 
Toda prenhe de candura, tímida chama, calor
enlevo, só ternura, a crepitar no amor
É depois a chama forte numa louca fantasia
Há desprezo pela morte, há ilusão, há magia !
Vermelhos e amarelos, de braço dado a saltar,
Tão ingénuos e tão belos, numa volúpia sem par.
E em tanto movimento, nasce o aviso da queda
Que faz ouvir o lamento, no pico da labareda
Logo, logo, a amargura, e por vezes tanta dor,
Vão sufocar a ternura e os momentos d´amor
Baixa o fogo e a herança, são brazidos em modorra
Jaz ali a falsa esperança Talvez viva ! Talvez morra
Deste breve carnaval, resta a cinza. Vitualha !
E o fumo, seu ritual, que a suave brisa espalha

Sem comentários: