terça-feira, 14 de março de 2006

(15) A MASCARA

Se observarmos uma criança nos seus primeiros anos de vida deparamos com a possibilidade de espreitar a pureza da alma nessa janela aberta do seu corpo. O gesto, a postura, a lágrima e o sorriso, transmitem, sem subtilezas, a verdade do que ali se passa. O corpo é então o verdadeiro espelho da alma!
A vida/morte e o seu faz de conta, logo se apoderam dessa candura e lhe acrescentam servidões próprias do existir em relação.
Cada um de nós cedo é presenteado com um baú de mascaras para uso frequente, sobretudo nas ocasiões em que o sentimento não acompanha a circunstancia.
Decerto reconheço alguma utilidade na utilização duma ou outra mascara que vou evitando usar, pese embora os amargos de boca que a sua não utilização com frequência acarreta.

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