sexta-feira, 4 de julho de 2008

(157) O quê... ou com quem!


De viagem a textos antigos, parei em:
Só passaram dois anos e, reconheço, sem me gabar, estou cada vez mais tolerante.
Do texto aos extensos arquivos da memória, lá fui buscar um processo com estrela, arquivado há algumas dezenas de anos.
Em tertúlia de café, uma mulher, rapariga então, afirmava no grupo que quando em relações sexuais o fulcro do interesse ia para o que estava a fazer e não com quem o fazia.
Revoltou-se o ser idealista nessa época residente no seio das minhas emoções, ainda cativo das reaccionárias ilusões que o caminho vai ceifando.
A afirmação era demasiado assertiva e avançada, numa época em que a mulher, por regra, reprimia as suas fantasias, obedecendo quase cegamente à pressão do grupo (menina séria não falava dessas coisas).
O reino era o da hipocrisia.
Embora ainda me penalize, aceito hoje, como já o fazia no texto de há dois anos, a razoabilidade do conceito daquela rapariga.
Todavia o ser ingénuo e emotivo, perene habitante do meu corpo, acredita ser possível, porventura pouco provável, unir num acto só a dualidade sexo e amor, despindo a natureza da sua manhosa mascara.

2 comentários:

Anónimo disse...

E acreditas bem...já somos dois!
As coisas que tu vais buscar ao baú ! Fomos nós que escrevemos aquilo tudo?
Jokinhas

alcinda leal disse...

olá prof finalmente retomou a marcha... estava quase a multá-lo por tão longo estacionamento! E os textos, claro, são sempre bons!
beijinhos e bom verão