quinta-feira, 10 de julho de 2008

(159) Consolo


Afinal existem bruxas ?
Um diz não crê, outro indeciso queda.
Por mim, mais preciso vou ser.
Como justificar dias cinza-negro e sem sentido, fazedores de desespero ?
Madrugada ainda alta, chegam eles sem pré aviso ao abrir do olho esquerdo e, logo, vontade e animo mal conseguem aquele sono interromper.
Mas enfim lá tem que ser ...
Com alimento e janotas, mais a lista d'afazeres, sai o arranque da saga.
É a espera; o ainda não; o não está cá; o venha amanhã; o transito; a balburdia e o constante vai e vem do eterno faz de conta.
As negas já sedimentam desanimo e desespero e, se a tarde for assim, nem o almoço cai bem.
Nesses dias cinza negro evito fazer de tolo, não desisto e insisto obter algum consolo.
Já a casa regressado, calço sapato apertado e vou correr meia hora.
De volta dessa corrida, esqueci o negro dia e os azares nele contidos. Afinal outras dores já ganharam primazia.
Um só acto me convém, os sapatos descalçar e desse alivio gozar.
Afinal que consolo... que belo dia...
O resto ? É virtual, já não lembra, não passou de fantasia.

Sem comentários: