segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

(102) PAVÕES








DOIS ANIMAIS DISTINTOS E CONTEMPORANEOS

ATÉ PODERIA AFIRMAR, AMBOS BELOS.

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A beleza aparente da ave e a ostensiva demonstração da mesma, encaminha o nosso preconceito pelas vias da petulância, vaidade e outras menos virtuosas qualidades. Todavia a pobre apenas obedece ao impulso da continuação da espécie, cumprindo o modus pela natureza imposto.
Aqui fica por compreender a razão pela qual o peru, ave muito semelhante, foi menos beneficiada.
Porventura não será a fêmea tão exigente.
No homem, animal pensante, supostamente inteligente, pese embora a presença do mesmo impulso, seriam requeridas outras virtudes, "mais virtuosas", menos petulantes.
Vamos supor que a natureza o beneficiou de algum agasalho natural, peludo por força, o qual foi perdendo na luta para emendar a mesma natureza, já aí demonstrando mau uso do que lhe foi emprestado.
Ele ataviou-se a seu modo e foi alardeando essencialmente maus hábitos, preterindo a humildade de reconhecer ter vindo ao mundo nu e dentre fezes e urina.

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