segunda-feira, 18 de agosto de 2008

(173) Ofensas

Raros feed-backs obtenho destas minhas escrevidelas e, estou seguro, se um gráfico de barras me desse a elaborar, obteria sem surpresa duas colunas notáveis: A dos que não me entendem e a dos sem opinião. Esquecendo estes, o mal dos outros é porventura o meu demérito.
Obteria também outras colunas de reduzida dimensão. Dizem ser só choradinho, não sabem onde quero chegar, é só desanimo sem fé, e por ai fora...
Também foi notada ofensa por omissão, para meu espanto e sem qualquer remissão.
De meu feitio não é ofender seja quem for, nem sequer inimigos, que sem saber os posso ter.
Para mim sinto e faz sentido a leitura do que escrevo, sendo o facto confirmado quando por vezes passeio nos escritos do passado.
Não sendo estilo ou forma o meu objectivo, a pretensão se reduz ao relato dos olhares e sentires na vida de cada dia, tentando nisso evitar a mascara ou traje de fantasia.
Nem o espelho me deprime, esse falso verdadeiro, na certeza de não devolver minha imagem por inteiro.
Mas bem, não querendo ofender alguém, despeço-me até pro ano.
Aí ficam as flores.

12 comentários:

Anónimo disse...

Mas o que é isto? Deixa-te de coisas´continua a escrever, não negues a ti próprio esse prazer e a nós que tanto gostamos de te ler.
Espero que pelo menos uma vez na vida oiças o meu conselho
Beijão
Di

Anónimo disse...

Agora que eu voltei...?

Não... te peço, não deixes de escrever, de me/nos deliciares com os teus lindos textos.
Se por vezes os não comento, não é de modo algum por desinterece, umas vezes falta de tempo, outras porque fico reflectindo (conteudos, que muitas vezes me atingem, me fazem olhar a vida real), vejo-a através de uma lente cor-de-rosa,mas feita a análise, tem pontos muito negros.
Vou estar auzente durante uns dias, mas quando voltar, quero ter algo vindo de ti.
beijinhos
Maricel

José Justo disse...

Caro Amigo
Um pouco de tristeza latente neste seu texto !!

Mas então que dirão os livros...os que os leem não os comentam por escritos, digérem-no e guardam-no na memória.

O dom supremo da escrita, é sempre um acto solitário e que fundamentalmente tem que fazer bem é a nós próprios.

"Faça favor de ser feliz" com o que nos escreve.

Agarre-se ao "pianinho"e vamos embora, que estamos esperando.

Cump. ZJ

Anónimo disse...

É o primeiro comentário que faço.
Não tenho o dom da escrita nem da
palavra mas também eu lhe peço,
não deixe de escrever e publicar
esses maravilhosos jardins de
flores.
Ida

Anónimo disse...

Este não é o meu 1º comentário, mas é talvez o 2º.

Não deixes de escrever, meu amigo, como vês pelos posts, há quem te entenda, e bem! E há quem goste e SINTA o que escreves. E ainda que não houvesse... bastava tu gostares. Olha que não é comum, passado tempo, voltar ao que se escreveu e ainda gostar do que ali ficou. Pelo menos comigo, assim acontece.

Quando era criança e mantinha um diário, era frequente ler o que tinha escrito no ano anterior (se calhar apenas meses antes...) e lembro-me de pensar: "que criança que eu era nesta altura!" Aos 15 assim pensava dos 14, aos 14 asssim pensava dos 13 e tal, etc...
Hoje, que já estou muito longe de ser criança, dou comigo a constatar que a idade é um valor muito relativo. É-se novo ou velho consoante os olhos do nosso interlocutor. E isto é que é seguramente um sintoma de antiguidade.

Por isso, meu caro amigo, já que tens a sorte de acordar todos os dias e tens uma belíssima cabeça para pensar, um grande coração para sentir e um enorme jeito para escrever, não nos prives do prazer de te ler e, por teu intermédio, reflectir sobre questões que nos fazem bem e nos enriquecem.

Se deixasses de escrever este nosso mundo ficaria mais pobre e, por isso, quase tenho vontade de dizer que não tens esse direito. Mas tens, é claro!. Só que alguns de nós gostávamos de saber que podemos continuar a "ouver-te"!

Bem hajas e uma GRANDE ABRAÇO
da Maria Anónima

notyet disse...

Pela vossa solidariedade e mimos que porventura não mereço.vou aqui deixar um grande abraço para todos (Di, Ida, Maria dita anónima, Maricel e Zé) alguns antigos, outros mais recentes que vão tomando assento no meu afecto.
Bem hajam

leandro guedes disse...

Olá meu caro amigo
Na palma da sua mão eu leio - falta de aulas, falta de aulas...
É que isto de ensinar os outros torna-se num vicio, dizem os que o fizeram, e por isso os politicos reduziram as férias grandes aos mais novos... Nós, os maduros, ainda estamos no tempo antigo, de Junho a Outubro.
Um abraço.
Leandro

Anónimo disse...

e as flores?
quem nos dá as mais belas flores?
um beijo,
ana

Anónimo disse...

Amigo Carlos...,o que é isso de 'até para o Ano' ???.

Foi um desabafo certamente, só pode.Não o conhecesse já um bocadinho,e ficaria preocupado...

Até um destes dias..

**** disse...

A amargura que sabe ver em mim, vejo-a em si também.
O que costuma partilhar comigo, partilho eu hoje consigo também.

Não deixe de escrever e publicar. Isso vai castrar-lhe a alma e os nossos reis e rainhas não merecem!

Um forte abraço cheio de energia

Anónimo disse...

Meu LIndo!

Estás a esquecer-te dos que te entendem até bem de mais....
Só que às vezes é difícil e trás amargos de boca (eu não sabia ainda o que isso era até ter experimentado há um bocado por causa de uma conversa sem sentido com um amigo?). Vá, continua a escrever ou queres que todos te peçam pelo AMOR de DEUS
Beijos
eu

notyet disse...

Cá estou de novo, sensibilizado e surpreso a olhar a lista dos afectos.
Sensibilizado porque a ternura me toca; surpreso por tanto mimo que entendo pouco mereço.
Não listo, por ser patente, e apenas lembro à Yuki que tristeza e amargura andam por aí de braço dado e, por vezes, nem se distinguem.