domingo, 14 de maio de 2006

(25) ROSA

A Rosa foi em menina botão de encantar. E assim, sem espanto, ficou mais bela a desabrochar
Metida consigo, sonho compulsivo, ao sol queria luar.
Gostava da noite, quieta e calma, e desse luar a banhar a alma




Depois já mulher, por desgosto de amor,
perdeu-se na noite
e no sonho vivido





















E a desfolhar por lá tem andado no labirinto do seu triste fado
Tão perdida que está
já pensou em voltar
Encontrar o caminho e ao sol retornar
na esperança vã do passado encontrar


1 comentário:

notyet disse...

De cancioneiro a 19 de Novembro de 2006 às 21:20
Gostei muito do seu poema a "rosa".
Descubro nele uma evocação das fases da vida do ser humano.
Mas para uma rosa o tempo é todo o tempo que há.
Para mim, a rosa tem um tempo ínfimo, enquanto eu sinto por vezes o tempo como uma eternidade.