Sem perder urbanidade, definitivamente preteri o urbano pelo rústico, ou até pelo deserto e pelo grande mar, naquela fronteira onde vivem as idas e vindas das marés, em que areia e água rítmica e com frequência se acariciam docemente. Fronteira onde não raro surgem tesouros, dentre o silencio borbulhado da água revolta.
O somenos, quando não desejado, é o vento, a emprestar violência à relação.
A experiência conta-me todavia ser garantida a bonança e a doçura voltará.
Nesses meus devaneios, tento contacto com outros seres, nesta mania de me fazer entender, sabendo bem que, por regra natural, esses seres usam vocabulário curto e eficaz e reconhecem a paz do outro.
Por vezes até sou gratificado pela chuva d'oiro do fim de dia.
Talvez esteja a pedir muito !
1 comentário:
Não, não é pedir muito. Todos temos direito a essa felicidade tranquila que se compraz em saborear lentamente a natureza e o tempo como bens essenciais à felicidade terrena. Uma felicidade que nunca é completa, que tem que ser construída mas, acima de tudo, compreendida.
Porque quem não a compreende busca incessantemente aquilo que tem ao pé. E sofre quando podia não sofrer. E insatisfaz-se quando podia sentir a plenitude.
Um abraço
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