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Outros seres do mundo do silêncio
Lá tive de passar mais vinte e quatro horas na grande balburdia, por sorte, sete delas a dormir.
Tento perceber este meu desapego à grande urbe onde nasci e em desilusão vivi a idade das ilusões.
A meu favor, dois argumentos lhe juntei hoje: a óbvia integração numa população deveras envelhecida e a falta de identificação ao lidar com o facto.
Dito doutro modo: "sendo os jovens belos uma criação da natureza; os idosos belos criam-se a si mesmo". A minha dificuldade mora em constatar, entre tantos, quão poucos são.
Nos transportes públicos, a algazarra e a falta de respeito ao outro, fizeram-me invejar esse maravilhoso mundo do silêncio, habitado por seres belos, insinuantes, distintos, porventura também devorando-se entre si, em silêncio porém.
2 comentários:
BOM SONO!
SORTE A FALTA DE IDENTIFICAÇÃO.
PARA MIM A VIDA É BELA, E ...TAMBÉM!
Gostei, apesar de o sentir tão triste. Faça-me crer que tudo quanto escreveu aqui, não passa de ficção. O silêncio é muito preciso, o desânimo, não. E não veja no mundo uma 3ª quase 4ª idade, lembre-se que os outros trabalham e nós já temos o bónus do descanso.
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